quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Há dias que mais valiam desaparecer do calendário



Porque tudo corre mal. É ainda de manhã e alguém começa a mandar vir só para provar que tem mais poder do que nós e como não tem nada interessante na sua vidinha tem de humilhar os outros para sentir que alguém lhe dá importância, ou que, pelo menos, o está a ouvir. Depois, vem o trabalho, muito trabalho, e nem sequer se tem a certeza que frutos dará. Depois, é o diz que disse, o fez assim, fez assado. Para me consolar destes desaires lá comi um peito de frango envolvido em molho de natas (altamente calórico) e à medida que a tarde ia passando os caramelos foram os meus melhores amigos.






Depois, como sou estúpida que nem uma porta, fico obcecada com aquilo que correu menos bem e sinto-me a pessoa mais injustiçada do mundo (sim, tenho muitas vezes o síndrome da vítima, não gosto nada, mas é verdade). O fim da tarde aproxima-se, e quando tenho a hipótese de esquecer tudo, passar à frente, e aproveitar os momentos com o homem mais maravilhoso do mundo, eis que ainda acho que me devo massacrar mais um bocadinho e toca de repetir a história toda, de voltar aos mesmos assuntos e obsessões.






E pronto, aqui estou eu com aquela cara de "não me toquem, nem digam nada que mordo".






E parece que tenho a pior vida do mundo, quando, na verdade, não é nada assim.



Sim, a vida não é fácil. Sim há dias difíceis. Sim, há pessoas labregas que nunca se vão importar com os sentimentos dos outros. Sim, amanhã é um novo dia. E é isso que conta!