sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Um dia vou...

Um dia vou ter um programa de culinária. De dia para dia cozinhar, seguir receitas (ou então inventar um bocadinho), ler livros de cozinha, ver o Em forma na cozinha (e tantos outros do género) estão a tornar-se apaixonantes! Gosto e há quatro meses nunca diria que isso ia acontecer. O meu nome significa "dona de casa" e confesso-vos que cada vez mais está em sintonia com algo que me traz paz e serenidade. Gosto de cuidar do meu, do nosso lar. E é tão bom termos um sítio ao qual chamamos nosso.

E é assim, uma petite Filipa Vacondeus em acção!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

O trabalho de desistir

Às vezes dá mais trabalho desistir do que continuar a tentar. Às vezes, continuar e acreditar que tudo vai melhorar, não é sinal de fraqueza ou comodisto mas antes de convicção e de vontade de não baixar os braços. Continuar na incerteza daquilo que já se tem, corrói mais do que partir para uma nova aventura, em que tudo é descoberta e não se tem de lidar com os "vícios" instalados. Às vezes, pode ser tudo isto ou então estamos completamente enganados.

O difícil é perceber quando é que devemos desistir ou continuar... Quando não desistimos (ou avançamos, conforme a perspectiva) que não seja por medo do que aí vem ou por comodismo. Esse sim é o meu medo e apenas isso. O resto é confiar!

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Há dias que mais valiam desaparecer do calendário



Porque tudo corre mal. É ainda de manhã e alguém começa a mandar vir só para provar que tem mais poder do que nós e como não tem nada interessante na sua vidinha tem de humilhar os outros para sentir que alguém lhe dá importância, ou que, pelo menos, o está a ouvir. Depois, vem o trabalho, muito trabalho, e nem sequer se tem a certeza que frutos dará. Depois, é o diz que disse, o fez assim, fez assado. Para me consolar destes desaires lá comi um peito de frango envolvido em molho de natas (altamente calórico) e à medida que a tarde ia passando os caramelos foram os meus melhores amigos.






Depois, como sou estúpida que nem uma porta, fico obcecada com aquilo que correu menos bem e sinto-me a pessoa mais injustiçada do mundo (sim, tenho muitas vezes o síndrome da vítima, não gosto nada, mas é verdade). O fim da tarde aproxima-se, e quando tenho a hipótese de esquecer tudo, passar à frente, e aproveitar os momentos com o homem mais maravilhoso do mundo, eis que ainda acho que me devo massacrar mais um bocadinho e toca de repetir a história toda, de voltar aos mesmos assuntos e obsessões.






E pronto, aqui estou eu com aquela cara de "não me toquem, nem digam nada que mordo".






E parece que tenho a pior vida do mundo, quando, na verdade, não é nada assim.



Sim, a vida não é fácil. Sim há dias difíceis. Sim, há pessoas labregas que nunca se vão importar com os sentimentos dos outros. Sim, amanhã é um novo dia. E é isso que conta!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Porque hoje o dia exige alguma inspiração


"Devíamos pedir continuamente para nós e para os outros a sabedoria e a fortaleza, dois grandes dons do Espírito, que nunca existem em demasia e é importantíssimo pedir. A sabedoria, que é o saber ver, o discernimento profundo das coisas, o perceber-lhes o interior e o conjunto (porque muitas vezes percebemos o interior e perdemos o conjunto, e outras vezes percebemos o conjunto e perdemos o pormenor). E a fortaleza é não perder o ânimo de crescer e de melhorar, mesmo no meio de grandes fraquezas e pecados, é perceber que se pode recomeçar sempre."


Vasco Pinto de Magalhães in Onde há crise, há esperança


Porque é preciso saber esperar e não querer ter respostas no mesmo instante em que se faz as perguntas. Porque é preciso sabermos parar e ouvir o que o coração (para quem acredita, Deus) nos diz. Porque é preciso aprender que as coisas constroem-se e que o querer tudo e já é mau, muito mau. Que o sacrifício é algo muitas vezes construtivo e que nos ajuda a sermos mais autênticos e felizes. Não é a dor pela dor, sem consequências, é sim saber aceitar que alcançar o que queremos custa, dá trabalho, mas que conseguimos. Não desistir perante as adversidades.


Fidelidade, Fé, Fecundidade - os três "F" fundamentais para a vida, ou pelo menos para a minha.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

De profundis


Há amores que deixam tantas marcas que, parece, nunca mais vamos conseguir ser felizes. A sensação de que nunca mais vai ser assim, que acabámos de perder o amor da nossa vida, mas que um dia, um dia, ele vai olhar para trás e perceber que perdeu aquela que o poderia fazer feliz, nunca nos abandona. E todos nós, ou quase todos, já passámos por isso.

Mas o que me irrita mesmo, porque também eu fiz isso um dia, é perceber que há pessoas que fingem estar felizes, realizadas e "na boa" mesmo sem A pessoa ao seu lado. Aparentemente até acreditam que são um máximo e que mais cedo ou mais tarde vai aparecer alguém que as faça sentir merecedoras de amor. Contudo, no mais profundo do seu ser, naquele lugar em que ninguém ou muito poucos entram, a dor instalou-se e o amanhã vive do desejo de que o passado volte a ser presente. Oscar Wild dizia que a dor não usa máscara e eu não podia estar mais em desacordo. Usa, usa e muitas máscaras! Porque eu quero que o outro acredite que eu estou bem, e que continuo a achar-me sexy e que, loucura, até pense que eu já tenho alguém! (Que até podemos ter, mas que funciona apenas como areia para os olhos). E tudo isso me entristece. Porque não deveria haver vergonha no tentar ultrapassar um desgosto de amor, no admitir que fomos rejeitados, que amámos mais do que fomos amados. E depois? Hoje chora-se o dia inteiro, amanhã só durante a tarde e depois, um dia, já nem choramos! É óbvio que temos de tentar deixar a tristeza para trás, desprendê-la do corpo e da alma, mas isso não signifca enganarmo-nos, mentir a nós próprios.

E pronto, tenho pena que nós, mulheres, achemos sempre que temos algo para provar e para mostrar a alguém, nem que seja: "Vês como eu sobrevivo sem ti?"

Do amor e suas teorias


Amar não é fácil... Para já, é uma escolha consciente. Para mim, o amor é bem mais do que um sentimento; é o meu "sim" (sim, eu quero; sim, eu confio; sim, eu acredito em nós; sim, eu vou dar prioridade ao conjunto; sim, eu vou perdoar; sim, eu vou engolir o orgulho tantas e tantas vezes; sim, eu acredito que vamos ser felizes e que tudo vale a pena por isso; sim, porque o para sempre faz-me sentido ao teu lado) oferecido, dado a outra pessoa. E isso dá muito trabalho! Eu acredito que a paixão pode durar uma vida. Aquele brilho nos olhos, um arrepio quando a pessoa que amamos nos dá um beijo no pescoço, são sensações perenes e podem não desaparecer nos primeiros meses de namoro. Com o tempo, talvez deixe de haver as borboletas na barriga, mas o encantamento permanece, a admiração, a vontade de continuar a sentir aquele abraço. Contudo, tem de haver o "algo mais", a tal escolha: é a ti que eu escolho.


Por isso, acredito que amar é uma opção, uma forma de estar na vida. Mas acima de tudo, aquele amor, o de uma vida inteira, é exclusivo. E dá trabalho, porque todos os dias temos de reafirmar este compromisso de querer continuar a conquistar um outro, que, afinal, é tão nosso.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Eu e uma passadeira (e a mania de que um dia chegarei a atleta)



Quem diria que, um dia, hoje, eu ia gostar de correr? De sentir que todas as articulações e músculos do meu corpo se movem e que a cada quilómetro ou minutos a mais que faço me sinto uma vencedora? Quando estou na passadeira (sim, porque com este frio não me atrevo a ir correr para a rua, mesmo que depois aqueça logo, não. Eu cá vou mas é para o ginásio correr ao lado das senhoras velhinhas, das miúdas giras, dos velhotes obesos e dos homens I'm too sexy for my shirt), é o "meu tempo", no qual só eu e a minha música existimos (e é tão raro ter desses momentos com tanta coisa que temos sempre para fazer...).

Gosto, que posso fazer. Quem diria?
E quero ir à meia-maratona! Sozinha, pelos vistos, mas vou. Eu e os atletas;)

P.S. O step é que dá cabo de mim. Chiça...