Gosto de tudo o que este padre jesuíta diz. Gosto da forma directa como fala, sem paninhos quentes. Fala das feridas da nossa sociedade e das nossas pessoas. Critica as injustiças, a falta de empenho, as falsas alegrias, as relações supérfluas que temos com os outros. Fala, aponta e obriga-nos a olhar para dentro. Contudo, nunca deixa de mostrar caminhos. Como ele diz,
Não há soluções, há caminhos (um livro que está esgotado em todo o lado e que quero tanto!!!).
Pôr do sol no deserto, na Tunísia- Setembro 10
E o melhor é que ele não fala apenas para os que são católicos, fala para todos aqueles que procuram viver uma vida mais autêntica, evitando os subterfúgios, as meias-verdades... O pe. Vasco Pinto Magalhães não nos incentiva a conquistar o mundo, mas sim a viver o nosso mundo, que é nosso e daqueles que amamos.
Gosto, gosto muito e faz-me muito bem!
"A esperança vem de ser autêntico, de não se deixar dominar por ansiedade."
"Habituámo-nos a confundir a alegria com o divertimento ou com o viver levezinho. (..) Mas se cada um anda à procura do comodismo, da instalação, do divertimento, escapa-lhe a alegria verdadeira. Às vezes é preciso fazer cara feia para dizer: 'Abram os olhos, vejam onde é que realmente está aquilo que vos pode fazer felizes.'"
"A alegria é um dever, nem sequer é um direito."
"A felicidade não cai do céu, é um modo de vida.(...) Felicidade é um compromisso, viver com sentido, produzindo justiça e paz. É feliz aquele que sai de si próprio, que vence o egoísmo em si e que se vira para fora."
"A boa maneira de superar um defeito é desenvolver a virtude contrária."
in Onde há crise, há esperança
Podia continuar a escrever durante todo o dia, mas estas palavras sábias devem ser lidas devagarinho para que possamos pensar sobre elas. Não são ocas, ao contrário de tanta coisa que nos entra pelos olhos adentro todos os dias.
Obrigada à Laurinda Alves por através do seu
blog me ter "apresentado" o Pe. Vasco Pinto de Magalhães.