sexta-feira, 26 de junho de 2009

Porque hoje a nossa vida pode já não ser igual a ontem

Porque a vida muda... assim, só porque arriscamos, só porque decidimos conhecer alguém, só porque baixamos as defesas, só porque nos deixamos surpreender, só porque...

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Aqueles tempos...


Lembro-me perfeitamente de ser ainda adolescente e de ouvir os mais velhos dizerem que as coisas mudam, que não vamos pensar sempre da mesma maneira, que a partir do momento em que começamos a ter responsabilidades passamos a ser muito mais racionais, que as desilusões tiram-nos a capacidade de fazer filmes românticos e coisas afins...
Sempre que ouvia afirmações como estas, ficava a pensar que comigo não ia ser assim. Que ia sempre acreditar em mim, nos outros, que a vida nunca poderia ser melhor, que não ia ficar agarrada às tristezas e que não ia olhar para o passado com saudosismo... Pois é, mas há dias olhei para dentro e percebi que há coisas que não voltam. Há pensamentos, formas de estar na vida que mudam naturalmente, sem pressões, sem darmos por essas mudanças. E tenho pena...
Gostava de voltar a ter a ingenuidade da adolescência; de voltar aos tempos em que tudo era possível, em que não se questionavam os sonhos. Gostava de acreditar que os melhores tempos ainda estão para vir ou então que o agora chega-me perfeitamente para ser feliz.
Crescer não é fácil, não é verdade?

sábado, 6 de junho de 2009

Eu... nas palavras de alguém

"Adoro a tua inocência quase infantil e a forma como acreditas que o mundo é na maior parte das vezes cor-de-rosa;
Adoro a tua determinação quando queres realmente alguma coisa;
Adoro a forma como te entregas às pessoas. Dás-te por inteiro;
Adoro a forma como te entusiasmas com alguma coisa insignificante que te acontece;
Adoro a força que tens em defender os teus ideais. São inabaláveis;

Custa-te aceitar a verdade dos outros e tens demasiadas expectativas em relação aos outros e a ti mesma. Nunca baixas a guarda, raramente deixas-te ficar vulnerável. E contigo é sempre 8 ou 80."

Obrigada por me fazeres lembrar daquilo que me torna especial.

Um beijo no coração*

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Porque há pessoas que contam...

Tenho tido daquelas conversas intermináveis, saborosas, que gostávamos que nunca acabassem. E percebi uma coisa: eu e o R. não sabemos ter conversas fúteis. Não falamos de compras, nem de programas de televisão... Mal começamos a falar, a alma fica exposta. Os segredos nunca confessados, as emoções que não queremos dar a conhecer, os defeitos horrorossos que se teimam em esconder... Tudo vem ao de cima, seja no restaurante onde religiosamente comemos sushi todas as semanas, seja no carro, na internet...

E é curioso que são estas pessoas, que sabem todos os nossos podres, que mais gostam de nós. E gostam com aquele amor incondicional, de que aconteça o que acontecer não fogem, não se assustam.

E é tão bom saber que há pessoas que não são apenas mais alguém. São um alguém que já faz parte de nós.

O dia em que deixei de ser tótó

Todas as vidas são diferentes. E todos temos a sensação que o que nos acontece não acontece a mais ninguém. Egocentrismos à parte, a verdade é que a minha vida dava uma novela! Com drama, paixão, aventuras, reviravoltas inesperadas, perdas, descobertas... Enfim, tem de tudo! Eu até acho que com jeitinho dava um bom policial, porque, às vezes, não só tenho vontade de espancar algumas pessoas, como uma ou outra até era capaz de matar de forma cruel (isto agora é só para exagerar o drama).

Sempre ouvi dizer que o que não nos mata torna-nos mais fortes. Mas a verdade é que há coisas que nos magoam tanto que acabam mesmo com alguma parte de nós, porque nada volta a ser como dantes.

Considero-me uma pessoa mais ou menos optimista (a minha 'analista' do eneagrama diria neste momento que me considero uma pessoa optimista mas não sou. Atitude típica dos quatro que se revêem constantemente nos sete). Anyway... Sou mais ou menos optimista, acredito sempre que as pessoas são boas e que se agem mal não foi com intenção. Pois é, pela primeira vez tenho de reconhecer que há pessoas más, que nos usam, mentem, enganam deliberadamente só para terem aquilo que querem.

É pena, ou então uma incrível sorte, que só tenha descoberto esta verdade basilar da vida humana aos 25 anos...