sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Depois de um desgosto de amor

A T. está lentamente a sair da reabilitação. Hoje, já reconhece que merece mais, que, se calhar, aquela não era a pessoa certa para ela. Ainda bem. Há amores assim, com início e um fim. E há amores que não. Já dizia a canção.
Todos sabemos que se tem de sofrer por amor, ou por paixão, ou por desejo, ou por obsessão. É tão certo como a morte. Não conheço ninguém que nunca tenha sofrido um desgosto, uma desilusão, que não tenha sido rejeitado. Faz parte e ajuda-nos a perceber as nossas emoções, o que nos faz felizes, tristes, o que queremos ou o que não queremos. Mas eu confesso que se há coisa de que não tenho saudades é de sofrer uma desilusão amorosa. A última foi há vários anos, mas pelo caminho fui tendo "pequenos desgastes". Cá se fazem cá se pagam, apesar de analisando claramente as minhas acções perceber que nunca tive a intenção de magoar ninguém. Mas também eu dei tampas, abandonei, deixei o barco. Hoje, quero continuar a navegar em alto mar, mas se agora ando em cima de um navio, tempos houve em que me salvei graças a uma bóia (adoro estas metáforas). Mas enfim, não tenho nenhum drama para contar, porque olhando para o lado vejo, por vezes, verdadeiros sofrimentos e não pequenos dissabores como os que tive.

Depois desta conversa toda, a T. está bem. E isso é que é importante!
P.S. Não lhe queiras mostrar que acabou de perder o amor da vida dele. Preocupa-te mais em provares a ti própria que afinal não perdeste nada.
Eu cá continuo a ouvir e a ser a companheira para as gargalhadas que surgem entre nós só porque sim.

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